Com o passar do tempo fui crescendo
E como todo filho quis me tornar independente
Mas sem muito pensar
Fui meio inconseqüente,
Já sou grande em estatura
Forte o bastante, então meu pai
Daí me minha herança
Vou pra uma terra distante.
Indo em estultícia
Tudo que tinha gastou
Não demorou muito
E sua herança acabou,
Tendo que trabalhar
Já estava a padecer fome
Caindo em si pensou, no estar longe
E lembrou-se de seu lar.
Resolveu o jovem precipitado
Para casa voltar,
Pois pensando dizia:
Estou a padecer fome,
Se trabalhasse pra meu pai
Teria o que comer,
Mais aqui nessa agonia
Continuo a padecer.
Voltando para casa
Com alegria foi recebido
Seu pai lhe deu um abraço
E logo comentou:
É como se tu estivesses morto e hoje ressuscitou.
No cume de meu conto
Revelo um segredo,
Assim como o filho prodigo
Fui eu no meu leito
Onde crescendo pensava que era auto-suficiente
Tão inconseqüente foi pra longe de ti.
Longe de teus caminhos Senhor
Muito sofri, padeci necessidades
Por estar cego e não ver
Que teu desejo era
Que voltasse pra você.
Andei errante e tristonho
Perdi a esperança da certeza
Longe de ti Senhor
Vivi extrema tristeza!
Meus passos vacilantes
Pela tua Graça se firmaram,
Andei longe de ti
Mais tua vontade me alcançou
Hoje pra tua Glória
A ti me achego Senhor!
Perdoaste este filho
E com alegria me recebeste
Regozija minh’alma e ouve ao Senhor
Pois dos caminhos errantes e perdidos ele a livrou,
Filho prodigo, eis que já não sou
Reconciliado em Deus fui eu pelo amor!
Autor: Sandro Raysson
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